Palestra 18: "Santos: uma cidade, muitas lendas"

Nunca houve um milagre como esse por lá...

- Milagre na Rua Mário Carpenter

Santos é a nossa cidade - a minha cidade onde nasci. E é um município portuário sede da Região Metropolitana da Baixada Santista, localizado no litoral do estado de São Paulo, no Brasil. Com a maior participação econômica da citada região, abriga o maior porto da América Latina, o principal responsável pela dinâmica econômica da cidade ao lado do turismo, da pesca e do comércio, ocupando a 5ª colocação entre as não capitais mais importantes para a economia brasileira e 10ª colocada segundo a qualidade de vida. A cidade é sede do poder executivo paulista todo dia 13 de junho (capital simbólica de São Paulo) e também é sede de diversas instituições de ensino superior.

Maior cidade do litoral paulista, o principal cartão-postal do município são os 7 km de praia. O Livro dos Recordes situa os jardins da orla de Santos como formadores do maior jardim frontal de praia em extensão do mundo. A preservação e o cuidado com a flora do ambiente praiano santista, permeado de palmeiras e amendoeiras, são resultados de um trabalho em conjunto dos departamentos de meio ambiente da região, muitas vezes ligados a universidades ou a instituições científicas. A estimativa de população para 1º de julho de 2015 era de 433 966 habitantes. A Baixada Santista, com 1,7 milhão de habitantes em 2008, é parte — junto com a Grande São Paulo e a Região Metropolitana de Campinas — do Complexo Metropolitano Expandido, uma megalópole que ultrapassava, já naquele ano, os 30 milhões de habitantes (cerca 75% da população paulista) e que é a primeira aglomeração urbana do tipo no hemisfério sul.

Por trás dessa cidade, há um montão de fábulas e lendas. Incluindo um exemplo:

A Fonte do Itororó

Fui a Itororó 
Beber água e não achei 
Adeus bela morena 
Que no Itororó deixei... 

 A música é bem conhecida e cantada pelas crianças em todo o Brasil, mas até mesmo muitos santistas desconhecem sua origem santista, e há quem atribua origens baianas pelo fato de em Salvador existir o Dique do Itororó. 

Na verdade, conta o falecido escritor Olao Rodrigues, em seu livro Cartilha da História de Santos (1980, Santos), que a fonte, situada no sopé do Monte Serrat, era "servida por água límpida e cristalina, que brotava da rocha a meio caminho do lendário morro" e "muita gente para lá acorria a fim de saborear o bom líquido, com ou sem sede, pois dizia-se que quem dela sorvesse, não mais deixaria a cidade. E a lenda pegou. Fez fama. Certo é que centenas e milhares de criaturas que tomaram a gostosa água aqui ficaram como desejavam."

Essa fonte ainda existe: chama-se Fonte do Itororó e fica no sopé do Monte Serrat.

Além da mesma citada acima, há também outras lendas da Pedra da Feiticeira, o Fantasma do Paquetá, o Vulcão do Macuco, entre outras. 

Fantasmas, milagres e piratas fazem parte de lendas santistas desde 1600, conforme conta o G1:

Histórias com fantasmas, fé e piratas fazem partes de algumas das lendas que rondam a cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Estas lendas santistas são contadas por uma educadora na Gibiteca de Santos, em alusão ao aniversário da cidade, comemorado no dia 26 de janeiro. Os contos mais antigos são datados do ano de 1600 e passam por diversos bairros da cidade. Segundo a educadora Camila Genaro, a lenda mais conhecida é a do milagre da padroeira Nossa Senhora do Monte Serrat, que aconteceu em 1615. “Quando os piratas holandeses invadiram Santos, a população subiu o morro, que nem se chamava Monte Serrat ainda. Eles subiram para fugir dos piratas holandeses e com muita fé rezaram, até que as pedras do morro começaram a despencar e os piratas fugiram. O primeiro milagre da santa Nossa Senhora do Monte Serrat foi esse. Por isso ela foi considerada padroeira. Muitos outros milagres vieram, relacionados à fé da população. Depois o morro ficou conhecido como Monte Serrat”, explica Camila.

Foi assim que o monte passou a se chamar Monte Serrat.

A educadora Camila Genaro coleciona muitos contos sobre a nossa cidade. E eu também fiquei interessada em contos assim porque os contos da minha autoria teria uma grande influência dos contos de fadas, além de premissas de outras mídias. Lembro-me dos passeios que eu fiz no Emissário Submarino na Praia do José Menino em que admiro a beleza do mar. Quando adolescente, fui ver no Emissário o que sobrou do Circo Show Tōkyō Space (já estava desmontado havia dias): imaginava que eu estava em busca de um amigo japonês. Quando fui à margem do mar, a única coisa que eu vi foi o mar azul, imaginando o lugar de onde um amigo japonês tinha vindo. Por essa razão, esse lugar inspirou o conto O Astro do Dragão e também é o mesmo onde é localizado o Monumento Tomie Ohtake. Por isso o Emissário Submarino, que é localizado na Praia do José Menino, é chamado "Emissário dos Imigrantes Japoneses".

Outro fato: em 1994, quando eu fui passear pela Rua Mário Carpenter, eu nem imaginava que o sobrenome daquela rua faria jus aos irmãos Richard e Karen Carpenter e as atitudes angélicas da irmã dele. Fiquei tão fascinada por aquela rua que, pouco tempo depois, seria destaque do meu conto, Milagre na Rua Mário Carpenter. Por esse motivo aquela rua é também chamada de "Rua Carpenter".

Essas e outras lendas ocorrem em Santos. Sempre que você visitar minha cidade, você vai ser muito bem vinda!

Eu recomendo os artigos sobre a nossa cidade. Assim. você irá se aprofundar mais sobre o tema.

Fonte:

Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Santos

G1 http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/01/fantasmas-milagres-e-piratas-fazem-parte-de-lendas-santistas-desde-1600.html

Novo Milênio http://www.novomilenio.inf.br/santos/lendasnm.htm

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